O que são Ativos reais

Ativos reais são bens e direitos, em geral em forma física, que se inserem na Economia Real por estarem diretamente ligados à capacidade produtiva e à riqueza material de determinada sociedade.

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Eles são a forma mais antiga de investimento, pois desde os mais antigos já havia investimento em itens palpáveis que compõem a economia do “mundo real”, ou o dia-a-dia das pessoas.

Nesse sentido, por se conectarem com a economia e a produção, investir nos Ativos reais pode proporcionar retornos importantes para a sociedade, pois toda a economia é beneficiada por essa operação.

Desde 2008, quando o Lehman Brother decretou falência e as Bolsas de Valores caíram no mundo todo, os Ativos reais vêm se valorizando em razão de algumas de suas vantagens.

Abaixo veremos porque esses ativos são considerados mais resistentes, bem como seu funcionamento, suas características e alguns exemplos.

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Como funcionam os Ativos reais

Para identificar um ativo real é preciso ficar atento às suas três principais características.

Em primeiro lugar, os Ativos reais, geralmente, são palpáveis, isto é, apresentam materialidade.

Em segundo lugar, ele deve estar inserido na capacidade produtiva da Economia Real de determinada sociedade, ou seja, na geração de riqueza de uma sociedade.

Em último lugar, um ativo real tem um valor intrínseco advindo de seus atributos, qualidades e características físicas.

A maior parte dos Ativos reais está descorrelacionada com a Bolsa, tendo baixíssima ou quase nenhuma volatilidade. Portanto, esse tipo de investimento sofre pouco com quedas da Bolsa.

Isso significa dizer que os Ativos reais são recursos que estão disponíveis no cotidiano das pessoas e que fornecem a estrutura que facilita a atividade cotidiana e produtiva das economias de mercado.

De acordo com uma pesquisa de 2016 da PwC, o mercado de ativos reais havia batido a meta de US$ 7,7 trilhões em investimento.

Além disso, a previsão era de que até o fim de 2020 os ativos ultrapassassem US$ 15,3 trilhões.

Exemplos de Ativos reais

Os Ativos reais estão presentes no cotidiano de qualquer pessoa no mundo, seja ela investidora ou não.

É possível, embora não seja uma regra, dividir os Ativos reais em três categorias: a) imobiliário; b) infraestrutura; c) commodities.

Na primeira estão terrenos, propriedades comerciais, armazéns, galpões e escritórios, isto é, bens imobiliários de todos os tipos.

Na segunda categoria estão agrupados ativos e redes utilizados no transporte, armazenagem e distribuição de mercadorias, rodovias e aeroportos.

Por fim, as Commodities são os bens básicos como petróleo, gás natural, metais preciosos, ouro e milho.

A título de exemplificação, os Ativos reais diferem consideravelmente dos Ativos Financeiros, isto é, os ativos negociados no mercado financeiro, seja renda fixa ou variável, como ações, títulos e fundos.

Vantagens dos Ativos reais

Os especialistas, motivados pelos atributos dos Ativos reais, afirmam que esses são uma ótima forma de diversificar sua carteira, com uma alocação em ativos reais que não ultrapasse 30%.

A diversificação é um instrumento importante para garantir retorno variado e proteção contra riscos inesperados.

Isso se tornou mais comum com a crise financeira de 2008, na qual os investidores tiveram que buscar alternativas mais seguras e rentáveis.

Por apresentar baixíssima correlação com a Bolsa, os Ativos reais surgiram como opção interessante para os investidores, haja vista que não sofreriam fortes consequências da crise e da queda da Bolsa.

A principal vantagem dos Ativos reais são os retornos sólidos e a rentabilidade mais estável, enquanto os ativos financeiros apresentam maior volatilidade.

Os Ativos reais também são um bom hedge, apresentando uma proteção maior contra a inflação e se mostrando, em tempos de inflação alta, como uma alternativa rentável aos ativos convencionais.