Ganhar um bom salário é uma coisa, mas se sentir “rico” é outra. Até mesmo os milionários estão se sentindo financeiramente inseguros.
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Médicos, advogados, donos de empresas e outros profissionais referidos como “ricos regulares”, que possuem empregos estáveis, casa própria e uma reserva financeira, disseram que não se sentem nada bem.
Na verdade, muitos chegam a dizer que são pobres, de acordo com uma pesquisa recente realizada pela Bloomberg.
Em uma pesquisa com mais de 1.000 americanos, aqueles que ganham mais de 175.000 dólares por ano, ou seja, aproximadamente os 10% dos mais ricos dos EUA, um quarto disse que eram “muito pobres”, “pobres” ou “sobreviviam, mas as coisas estão difíceis”. Metade se descreveu como apenas “confortável”.
Até mesmo uma parcela daqueles que ganham mais de US$ 500.000 e US$ 1.000.000 disse o mesmo.
Em uma época de inflação persistente, em que praticamente tudo é mais caro, mais da metade dos entrevistados disseram que se preocupam com dinheiro.
Cerca de 25% não acham que estarão financeiramente melhor do que seus pais. Muitos inclusive consideraram se mudar para cidades dos EUA com impostos mais baixos e custo de vida mais barato.
O que é preciso para se sentir “rico”
A insatisfação com a quantia de patrimônio que possui aumentou em tempos onde as mídias sociais tornam mais fácil do que nunca comparar seu estilo de vida com o de seus vizinhos, celebridades, atletas profissionais ou amigos da faculdade, diz o relatório.
É um bombardeio diário de jatos particulares, viagens luxuosas, refeições sofisticadas, reformas de casas e outras exibições chamativas de consumo.
Com apenas alguns cliques é fácil sentir que você não tem o suficiente, mas qual seria a quantia necessária para se sentir rico?
Mais da metade disse que precisaria de mais de US$ 3 milhões e um terço disse que precisaria de mais de US$ 5 milhões, descobriu a Edelman Financial Engines.
Para entender por que tantos indivíduos milionários estão se sentindo pobres e o que tudo isso significa, a Bloomberg fez uma pergunta simples: “Você é rico?”.
Ao contrário do “sim” ou “não”, as respostas foram mais detalhadas do que isso.
“Ainda me preocupo com dinheiro”, disse Debra Corbin, uma aposentada de 67 anos de Nápoles, Flórida, com uma casa avaliada em mais de US$ 1,3 milhão. “Acho que rico é subjetivo. Quando estou no sul de Illinois, de onde viemos, me sinto rico. Quando estou em Nápoles, me sinto abençoado. Aqui é difícil se sentir rico porque há bilionários aqui.”
“Cresci bastante pobre e sei que o dinheiro pode ser tirado”, disse James Bramble, um advogado de 53 anos de Salt Lake City que ganha cerca de US$ 350 mil por ano. “Para realmente se sentir rico, acho que você não precisaria mais depender de dinheiro - como se você não trabalhasse, ainda estaria bem pelo resto da vida, e eu não estou lá.”
“Para me sentir rico, eu teria que ter minha casa livre e limpa, sem hipoteca, pagar a faculdade do meu filho e ter mais dinheiro líquido no banco”, disse Erika Wilson, 45 anos, que tem uma renda familiar na faixa dos “seis baixos” e mora em Durham, Carolina do Norte. “Eu me preocupo com despesas futuras e com o aumento da inflação.”
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Ter muito dinheiro pode não ser a mesma coisa do que se sentir rico, mas possuir um patrimônio que possibilite viver confortavelmente e dar qualidade de vida para a família é algo almejado pela maioria das pessoas.
Para isso, investir bem é fundamental. Se esse também é o seu desejo, converse com um consultor de investimentos para montar o melhor plano para seu perfil e objetivo.
