O que é âncora cambial

A âncora cambial, muito conhecida no mercado financeiro, consiste em um mecanismo de política econômica, a qual o governo acaba fixando uma taxa de câmbio.

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Isso ocorre para o governo “proteger” a economia do aumento do preço generalizado dos produtos como um todo.

Esse mecanismo de defesa acabou sendo usado durante os primeiros anos do plano real, onde o governo iniciava a sua recuperação depois de anos passando por uma hiperinflação.

Por conta disso e de alguns outros fatores, a cotação do real acabou sendo levada ao extremo, ficando acima do dólar, nesse período o dólar chegou a valer R$ 0,82.

Isso acabou fazendo com que o preço dos produtos importados acabasse diminuindo, impedindo o aumento do preço dos produtos nacionais.

Vale ressaltar que, isso acabou causando uma grande redução no avanço de alguns preços vinculados a índices de preços sensíveis ao dólar.

Sendo assim, o termo “âncora cambial” tem esse nome pois procura “segurar” os preços, assim como uma âncora segura um barco.

Porém, essa política acaba apresentando algumas desvantagens caso acabe por ser utilizada por um longo período de tempo.

No caso da âncora cambial no Brasil, o que acabou acontecendo foi a destruição do parque industrial do país nas vendas internas e externas.

Também acabou ocorrendo um aumento muito grande nas importações de produtos, o que levou a um rombo nas contas externas.

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Âncora cambial e Política cambial

Para entendermos melhor o conceito de âncora cambial, é importante conhecermos os conceitos existentes por trás de uma política econômica.

Políticas cambiais são medidas que acabam sendo tomadas, no caso de nosso país pelo Banco Central, que determinam o valor do Real em relação a outras moedas estrangeiras.

Essas medidas podem ser usadas tanto para “valorizar” a moeda em si, quanto para “desvalorizar” a moeda em relação à moeda que esteja sendo usada como referência.

Vale ressaltar que, a moeda referência na maioria dos países acaba sendo o Dólar.

Ou seja, isso acaba significando que essa moeda acaba sendo a célula mais forte da economia e no fim das contas é o porto seguro para onde os investidores acabam procurando refúgio.

Tipos de política cambial

Dentre as políticas existentes, como a monetária e fiscal, a cambial no fim das contas acaba possuindo um grande “arsenal” de ferramentas para colocar em prática o plano econômico no país.

Essas ferramentas de política cambial, no fim das contas, são o que causam impacto na economia do país.

Sendo assim, é válido ressaltar algumas ferramentas de política fiscal, que podem acabar sendo expansionistas ou contracionistas e que acabam definindo o nível de gastos com o governo.

Vale ressaltar que, por um outro lado, acabamos tendo as políticas monetárias que contam com alterações na taxa de juros, depósitos compulsórios, entre outros.

Em relação às políticas cambiais acabamos possuindo 3 políticas diferentes:

  • Câmbio flutuante;
  • Câmbio fixo;
  • Banda cambial.

Essas são as políticas existentes em relação à prática de âncora cambial, logo abaixo será explicitado melhor cada uma delas.

Câmbio flutuante

O câmbio flutuante é um tipo de política em que o valor da moeda em relação às outras existentes acaba sendo livre.

Sendo assim, mesmo que o Banco Central acabe comprando ou vendendo dólar, o valor do real em relação ao dólar é dado pela quantidade de dólar na economia.

Câmbio fixo

O câmbio fixo é uma política monetária muito presente em países que sofrem influência de grandes estatais.

Nessa política, os bancos centrais acabam determinando quanto a moeda do país vai valer frente às outras.

Banda cambial

A banda cambial no fim das contas acaba sendo uma espécie de câmbio misto. O “valor” da moeda corrente acaba sendo determinado pelo mercado da mesma forma como é feito no câmbio flutuante.

Porém, existem bandas cambiais que podem acabar determinando onde esse valor pode chegar.