O Bradesco (BBDC4) manifestou publicamente rejeição ao que chamou de narrativas que atribuem aos bancos a responsabilidade sobre eventuais práticas irregulares adotadas por empresas que fazem negócios com o banco.
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A reação vem após o trio de acionistas de referência da Americanas (AMER3) sinalizar que as instituições credoras da companhia teriam chancelado balanços que mascaravam um rombo contábil de ao menos R$ 20 bilhões.
"Não compactuamos com alegações que buscam criar narrativas para atribuir aos bancos qualquer responsabilidade sobre as práticas contábeis irregulares da empresa e, assim, desviar a atenção do problema central, ou seja, a falta de consistência dos números das demonstrações financeiras e as responsabilidades dos seus dirigentes sobre tal fato", afirmou o banco, em nota divulgada na tarde de hoje.
A instituição disse ainda que a governança contábil das empresas é responsabilidade exclusiva de seus administradores, o que inclui o conselho de administração.
"O Bradesco cumpre rigorosamente as diretrizes normativas e atua de acordo com as melhores práticas de mercado", afirmou o banco.
O Bradesco é, segundo fontes, o banco com o maior volume de empréstimos à Americanas, embora não seja o que está relativamente mais exposto à empresa.
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No domingo, 22, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, acionistas de referência da Americanas, afirmaram em nota pública que os bancos e as auditorias independentes teriam chancelado os balanços da companhia por meio das chamadas cartas de circularização.
Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a manifestação do trio de acionistas, que controlou a Americanas até 2021, causou indignação nos bancos, ao tentar franquear a eles, na visão dos executivos, a culpa por erros da empresa.
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Fontes do setor têm falado inclusive em retaliar outras companhias associadas aos três investidores.
Resultado da Americanas no Terceiro Trimestre de 2022
O resultado da Americanas (AMER3) no terceiro trimestre de 2022 (3t22), divulgado no dia 10 de novembro, apresentaram um prejuízo de -R$ 211,5 milhões no 3t22, baixa de -187,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
O Ebitda ajustado das Americanas atingiu R$ 582,0 milhões no 3T22, apresentando retração de -21,6% na comparação com o 3T21.
A margem Ebitda das Americanas totalizou % no 3T22, apresentando crescimento de pontos percentuais na comparação com o 3T21.
A margem líquida das Americanas atingiu -3,9% no 3T22, apresentando retração de -7,7 pontos percentuais na comparação com o 3T21.
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