A Ambev (ABEV3) fechou parceria com a startup brasileira FNM e com a montadora nacional Agrale para mil veículos elétricos incluindo caminhões e vans, como parte dos planos da fabricante de bebidas de ter metade de sua frota rodando com energia limpa até 2023.

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O valor do investimento não foi revelado, com a Ambev afirmando apenas que o projeto é "viável economicamente devido ao menor custo de energia e manutenção".

Com cerca de 5.300 caminhões, a Ambev tem uma das maiores frotas dedicadas do país. E é com a conversão dessa estrutura que a companhia planeja reduzir em 25% a emissão de CO2 em toda sua cadeia até 2025.

Os veículos da parceria vão para transportadoras que prestam serviços de distribuição para a cervejaria, somando-se a cerca de 1.600 outros elétricos que estão sendo produzidos em Resende (RJ) pela Volkswagen Caminhões e Ônibus, dos quais 100 devem começam a rodar já este ano.

Segundo a Ambev, comparado aos 5.300 caminhões da frota atual, cada caminhão elétrico da FNM/Agrale permitirá reduzir a emissão de CO2 em 126 mil quilos por ano.

O veículo piloto fará rotas de entrega de bebidas no Rio de Janeiro, com autonomia de até 100 quilômetros por dia.

A nova parceria envolve a startup de soluções de logística FNM (Fábrica Nacional de Mobilidades), conhecida como FêNêMê, que surgiu de um programa de aceleração da Ambev, em 2019.

Por meio da FNM, os caminhões terão um sistema anti-colisão com inteligência artificial e câmeras integradas. O reabastecimento será feito em pontos de recarga em centros de distribuição da Ambev, que usam energia solar.

"As parcerias resultaram em um veículo com tecnologias de ponta que agora poderá ser exportado para outros países e outras empresas", afirmou à Reuters Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de sustentabilidade e suprimentos da Ambev.

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O anúncio significa um reforço na produção nacional de veículos elétricos, segmento para o qual montadoras do mundo inteiro estão migrando rapidamente, o que pode ser um vetor para a Agrale, que produz tratores, caminhões, chassis para ônibus, utilitários, motocicletas, vans, motores e geradores. 

Os veículos terão motores da europeia Danfoss, baterias da norte-americana Octillion e baús Randon (RAPT4). A Danfoss Editron e a Octillion estudam instalar fábricas no Brasil, disse a Ambev.

Na semana passada, a Reuters publicou que o Mercado Livre, maior portal de comércio eletrônico da América Latina, vai começar a oferecer aos entregadores no Brasil financiamento para compra de veículos elétricos.

Resultado da Ambev no Terceiro Trimestre de 2020

O resultado da Ambev (ABEV3) no terceiro trimestre de 2020 (3t20), divulgado no dia 29 de outubro, apresentou um lucro líquido de R$ 2,3 bilhões, queda de -8,0% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O Ebitda da Ambev atingiu R$ 5,0 bilhões no 3t20, apresentando crescimento de 15,3% na comparação com o 3t19.

A margem Ebitda da Ambev totalizou 32,5% no 3t20, apresentando retração de -4,3 pontos percentuais na comparação com o 3t19. 

A Margem líquida da Ambev atingiu 14,5% no 3t20, apresentando retração de -6,4 pontos percentuais na comparação com o 3t19.

As ações da Ambev (ABEV3) acumulam queda de 2,42% na bolsa de valores nos últimos 7 dias e queda de 13,82% nos últimos 12 meses.

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Fonte: Reuters.