O que é Ágio

Ágio é a diferença entre o valor real do objeto e o seu valor de venda. Na prática é possível entender essa diferença como sendo lucro. 

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O que muda, no entanto, é que o Ágio é aplicado como uma espécie de compensação em produtos ou serviços que:

  • Não estejam sendo produzidos em quantidade suficiente;
  • Tenham dificuldade para alcançar um maior público; 
  • Estejam inseridos em uma perspectiva econômica ruim.

Em relação a esse último, podemos falar de um país em recessão.

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O ágio, a inflação e a recessão

Vamos pegar o exemplo do país em recessão. Pense em um país que resolveu tabelar os preços de mercadorias e serviços (o Brasil nos anos 80, por exemplo). 

O resultado disso é que, independente da demanda e da oferta, o preço necessariamente precisará se manter o mesmo em todos os mercados.

Para o comerciante isso é péssimo, pois na prática não passa de uma medida econômica que, se levada às últimas consequências, eventualmente levará o dono de um negócio à falência.

O que esse comerciante pode fazer como medida paliativa temporária é aplicar um ágio mais ou menos baseado na inflação acumulada

Com essa medida ele pode fazer a venda do produto ou serviço sem que ele precise arcar com tanto prejuízo.

É importante não confundir o ágio com a inflação, visto que essa última é apenas uma atualização necessária aos preços das coisas que está relacionada à desvalorização da moeda.

O Ágio no dia-a-dia

Não é errado praticar o ágio, pelo contrário, muitas vezes é necessário fazê-lo principalmente para compensar todo o trabalho que tivemos para adquirir um determinado produto.

Se nós compramos produtos manufaturados por outras pessoas ou empresas com a intenção de revendê-los, não faria o menor sentido nós vendermos esse produto pelo mesmo valor o qual o adquirimos. 

Esse processo seria ilógico. Estaríamos apenas perdendo nosso tempo e trabalhando de graça para outra pessoa.

O ágio, nesse caso, serve para compensar o esforço que a pessoa está tendo ao fazer com que aquele produto que ela adquiriu alcance um número maior de pessoas interessadas. 

Pessoas estas que de outra forma não teriam como entrar em contato com o vendedor original.

Podemos então concluir que o ágio é uma espécie de comissão necessária para aqueles que revendem produtos evitarem prejuízo e não acabarem desestimulados a continuar prestando serviços de revenda.

Inclusive, muitos modelos de negócio podem se beneficiar de revendedores de seus produtos para expandir a marca e o alcance do produto. E esses revendedores obviamente precisam ser recompensados.

O Ágio e a comodidade

Outra forma de analisar o ágio é pela perspectiva de ele ser uma espécie de taxa de juros

Essa percepção não é de todo errada, visto que alguns detalhes precisam ser considerados no momento de se adquirir um produto. Entre eles podemos lembrar: 

  • As diferenças geográficas;
  • Custo com logística de transporte; 
  • A condição de pagamento: se é parcelado e em quantas vezes
  • A disponibilidade do produto em estoque.

Se estes detalhes não forem avaliados e devidamente corrigidos financeiramente, a oferta do produto pode se tornar inviável e surreal. 

Se não existe compensação para o vendedor comercializar um produto, qual o seu incentivo para fazê-lo?

E todos esses detalhes que mencionamos estão associados aos custos da comodidade ao se adquirir um produto ou serviço. 

Se nós apenas pudéssemos fazer pagamentos à vista, de produtos que estivessem geograficamente perto e possuíssem um grande estoque, nossas opções seriam muito reduzidas.

Exemplos de Ágio

E por fim, algumas situações muito comuns em que o ágio ocorre hoje em dia:

Como o ágio está presente nessas situações cotidianas, esse é um conceito da economia que tem impacto direto na vida das pessoas, especialmente daquelas que investem no mercado financeiro.