A condenação do ex-cripto bilionário Sam Bankman-Fried levantou uma curiosidade: Quantos bilionários ou ex-bilionários passaram algum tempo atrás das grades?
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Segundo levantamento da Forbes, pelo menos 11 bilionários ou ex-bilionários já estiveram presos, sendo que três deles ainda estão atrás das grades e outro em confinamento domiciliar.
O crime do colarinho branco foi o maior tipo de delito destas elites ilegais, que cumprem pena por crimes que vão desde a orquestração de casos abrangentes de fraude até ao suborno.
Uma exceção está com o chefão do tráfico mexicano Joaquin Guzman Loera, mais conhecido como El Chapo, que a Forbes chamou de bilionário de 2009 a 2012 com base em sua liderança do cartel de Sinaloa, que foi supostamente responsável por 25% de todas as drogas contrabandeadas do México para os EUA.
Ele está cumprindo pena de prisão perpétua por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Vejam os 11 bilionários e ex-bilionários atrás das grades, o que eles fizeram e quanto tempo ficaram presos.
Destes, sete já não são mais membros do clube dos bilionários, muitos em consequência dos seus crimes.
1- Allen Stanford
- Atrás das grades: 13 anos de sentença de 110 anos
- Patrimônio líquido: saiu da lista dos bilionários em 2009
Um dos três ex-bilionários da lista que ainda estão atrás das grades, Stanford, 74 anos, cumpre uma das sentenças de prisão mais longas já proferidas a um bilionário.
A sua sentença de 110 anos ocorreu em 2012 por vender US$ 7 bilhões em certificados de depósitos fraudulentos através do Stanford International Bank, na ilha caribenha de Antígua.
Ele foi obrigado a pagar uma sentença monetária pessoal de quase US$ 6 bilhões, parte dos quais se destinava às vítimas de seus crimes e suas famílias. Embora muitos dos clientes de Stanford supostamente não tenham recebido nenhum dinheiro.
Stanford é responsável por um dos maiores esquemas Ponzis já regisrados, derrotado apenas pelo esquema de US$ 18 bilhões de Bernie Madoff.
Madoff não aparece na lista, uma vez que a Forbes nunca o listou como bilionário. Ele morreu na prisão em 2021.
2 e 3- Mikhail Khodorkovsky e Platon Lebedev
- Tempo na prisão: 10 anos
- Patrimônio líquido: Khodorkovsky saiu da lista dos bilionários em 2006 e Lebedev em 2005
Parceiros comerciais da empresa russa de petróleo e gás Yukos, os cidadãos russos Khodorkovsky e Lebedev foram detidos por evasão fiscal em 2003 e cada um condenado a 13 anos de prisão.
O julgamento inicial foi envolto em controvérsia política, com Khodorkovsky alegando que foi manipulado pelo presidente russo, Vladimir Putin.
Depois de serem libertados em 2011, os magnatas do petróleo foram condenados novamente por acusações de peculato e lavagem de dinheiro em 2010, estendendo sua sentença até 2016.
Khodorkovsky, que em 2004 era a pessoa mais rica da Rússia, foi libertado em dezembro de 2013 após o perdão de Putin. Seu parceiro Lebedev foi libertado em janeiro do ano seguinte.
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4- Raj Rajaratnam
- Tempo na prisão: 8 anos
- Patrimônio líquido: saiu da lista dos bilionários em 2010
Nascido no Sri Lanka, Rajaratnam fez fortuna em Nova York depois de fundar o fundo de hedge Galleon Group no final da década de 1990.
Ela passou a administrar mais de US$ 7 bilhões em ativos, antes de entrar em colapso em 2009, logo após a prisão de Rajaratnam por informação privilegiada.
Posteriormente, ele foi condenado por 14 acusações de fraude e conspiração e, em 2011, foi condenado a 11 anos de prisão.
Rajaratnam foi libertado para confinamento domiciliar no início de 2019, em parte graças à Lei do Primeiro Passo, que foi sancionada por Donald Trump e concede libertação antecipada a infratores não violentos com mais de 60 anos.
O ex-bilionário foi libertado do confinamento domiciliar em abril de 2021, de acordo com o Bureau of Prisons.
5- Joaquín Guzmán Loera (El Chapo)
- Atrás das grades: 5 anos de prisão perpétua
- Patrimônio líquido: saiu da lista dos bilionários em 2013
Joaquín Guzmán Loera, mais conhecido como El Chapo, é um dos maiores traficantes da história. Como ex-líder do cartel mexicano de Sinaloa, Guzmán Loera ajudou a importar ilegalmente centenas de toneladas de cocaína para os EUA desde o início dos anos 1980 até o momento de sua prisão e extradição para os EUA em 2017.
Ele conseguiu evitar a aplicação da lei em dois países e escapar duas vezes da prisão mexicana.
Em 2019, ele foi condenado nos EUA por 10 acusações de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, e agora cumpre pena de prisão perpétua. Ele também foi condenado a pagar US$ 12,6 bilhões em confisco.
6- John Kapoor
- Atrás das grades: 3 anos e meio
- Patrimônio líquido: saiu da lista de bilionários em 2019
Fundador e ex-CEO da agora falida empresa farmacêutica Insys Therapeutics, Kapoor foi condenado a cinco anos e meio de prisão em janeiro de 2020 por conspirar para subornar médicos para prescreverem desnecessariamente o spray de fentanil de sua empresa, Subsys, em um esquema que desempenhou um papel papel no fomento da crise dos opiáceos.
Em junho deste ano, Kapoor foi libertado para confinamento domiciliar. Ele deve ser libertado do confinamento em 17 de dezembro de 2023.
Sua história inspirou o novo filme da Netflix, Máfia da Dor, lançado em outubro.
7- Thomas Kwok
- Tempo na prisão: 3 anos
- Patrimônio líquido: US$ 1,9 bilhão
Kwok faz parte de um pequeno grupo de bilionários presos que reteve parte de sua fortuna depois de cumprir pena.
Kwok e seus dois irmãos, Raymond e Walter, herdaram a empresa de investimento imobiliário de Hong Kong Sun Hung Kai Properties de seu pai, Kwok Tak-seng, em 1990.
Thomas Kwok co-presidiu a empresa de 2011 a 2014 e foi condenado a cinco anos e preso em 2014 por um suborno de 8,5 milhões de dólares de Hong Kong (1,1 milhões de dólares) ao então secretário-chefe de Hong Kong, Rafael Hui, para obter o favor do governo.
Hui foi condenado a sete anos e meio de prisão por aceitar os pagamentos.
Kwok foi libertado da prisão em 2019, depois de cumprir mais de três anos de pena.
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8- Michael Milken
- Tempo na prisão: 2 anos
- Patrimônio líquido: US$ 6,5 bilhões
Milken se tornou conhecido no mundo financeiro por sua abordagem pioneira à estratégia de títulos de alto rendimento para fusões e aquisições corporativas enquanto trabalhava no banco de investimento Drexel Burnham Lambert.
No final da década de 1980, uma investigação do ex-procurador dos EUA Rudy Giuliani levou Milken a se declarar culpado de seis acusações de violações fiscais e de valores mobiliários durante seu tempo na Drexel.
Além de pagar US$ 600 milhões em multas, ele cumpriu dois anos de prisão e foi banido para sempre da indústria de valores mobiliários.
Desde sua libertação em 1993, ele se tornou conhecido por sua filantropia, doando para uma variedade de causas, incluindo pesquisas sobre o câncer de próstata, sendo ele próprio um sobrevivente da doença.
9- Jay Y. Lee
- Tempo na prisão: 18 meses
- Patrimônio líquido: US$ 8,6 bilhões
Atual presidente executivo da Samsung Electronics e herdeiro da fortuna da Samsung, Lee passou 11 meses na prisão em 2017, depois de ter sido condenado a cinco anos por um tribunal sul-coreano por subornar a então presidente do país, Park Geun-hye, para apoiar uma fusão entre Samsung C&T e Cheil Industries.
A sua sentença inicial de cinco anos foi suspensa, mas a decisão foi posteriormente anulada e ele foi mandado de volta para a prisão em janeiro de 2021.
Ele cumpriu mais sete meses antes de conseguir liberdade condicional em agosto de 2021.
10- Elizabeth Holmes
- Tempo cumprido: 5 meses de sentença de 11 anos
- Patrimônio líquido: saiu da lista dos bilionários em 2017
A ex-bilionária mais jovem do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 4,5 bilhões de dólares em 2014, quando tinha 30 anos, Holmes se tornou desde então um dos casos de fraude de maior visibilidade no Vale do Silício.
Fundadora da empresa de dispositivos médicos Theranos, Holmes foi condenada por fraude e conspiração em 2022 por mentir aos investidores sobre as capacidades de seus dispositivos, depois de alegar falsamente que havia desenvolvido uma tecnologia que poderia detectar centenas de doenças com apenas uma gota de sangue.
Ela foi condenada a pagar US$ 452 milhões em restituição aos seus investidores, que incluem os bilionários Rupert Murdoch e Larry Ellison.
11- S. Curtis Johnson
- Tempo na prisão: 3 meses
- Patrimônio líquido: US$ 4,5 bilhões
Samuel Curtis Johnson, patriarca da empresa SC Johnson, foi acusado em 2011 de agressão sexual à sua enteada, então adolescente.
A acusação inicial ameaçava colocá-lo na prisão por 40 anos, mas após uma batalha judicial de três anos e depois da vítima não ter revelado os seus registos médicos, Johnson aceitou um acordo judicial.
Ele se declarou culpado de acusações de agressão sexual de quarto grau e conduta desordeira em troca de quatro meses de prisão e uma multa de US$ 6.000. Ele cumpriu três meses de prisão.
Johnson possui participação na empresa de sua família, mas não tem envolvimento no negócio.
Fonte: Forbes
