Ficar milionário não é fácil. Agora imagine atingir esse status e perder toda sua fortuna. Foi o que aconteceu com esses 10 ex-milionários.

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Conquistar riqueza exige alguns sacrifícios, trabalho e decisões precisas. Porém, se manter no topo também requer escolhas sábias.

Mas e se os investimentos dão errado? Ou alguma decisão precipitada estraga seu negócio? 

Milionários também estão suscetíveis ao fracasso. E quando eles caem, podem cair com força. 

Pode acontecer em um instante, ou ao longo de vários anos. Inúmeros fatores podem ser decisivos para que tudo o que foi construído vire ruína.

Más escolhas, investimentos errados, crises econômicas, fraudes financeiras, estilo de vida exuberante, são algumas das coisas que podem destruir patrimônios inteiros. 

Alguns desses ex-milionários até conseguiram reconstruir seu sucesso, outros simplesmente tiveram que se declarar definitivamente quebrados.

Conheça 10 ex-milionários que passaram por dificuldades financeiras e perderam suas fortunas.

Jordan Belfort

Como proprietário da firma de investimentos Stratton Oakmont, Jordan Belfort e seus subordinados usaram poderosas táticas de persuasão para roubar milhões de investidores na década de 90. 

Como a maioria das operações ilegais, tudo desmoronaria.

Em 1996 o órgão regulador dos Estados Unidos interveio. A empresa foi fechada e liquidada para pagar várias multas e acordos. 

Belfort foi declarado culpado por fraude de valores mobiliários e lavagem de dinheiro, recebendo uma sentença de quatro anos de prisão e multa de US$ 110 milhões.

Mais tarde, sua história seria o tema do filme "O Lobo de Wall Street".

Depois que deixou a cadeia, Jordan Belfort fez sucesso com seus livros e palestras de empreendedorismo onde fala sobre seu método de venda.

Mesmo tendo seus bens leiloados para ressarcimento das vítimas, Belfort conseguiu se reerguer e diz que está milionário de novo.

Sua marca, "Lobo de Wall Street", ficou muito famosa após o sucesso dos livros e filme e colaborou para que ganhasse dinheiro.

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Allen Stanford

Allen Stanford é o responsável pelo segundo maior esquema de pirâmide da história dos EUA, ficando atrás apenas de Bernard Madoff. 

Presidente do Stanford International Bank, um banco offshore na ilha de Antigua,  Stanford foi condenado por vender US$ 7 bilhões em certificados de depósito (CDs) fraudulentos em um Esquema Ponzi internacional.

Stanford apresentava resultados hipotéticos de investimentos, alegando que seus certificados de depósito eram tão ou mais seguros do que contas seguradas pelo governo dos Estados Unidos.

O esquema financiou o estilo de vida luxuoso do empresário. 

O empresário foi acusado de fraudar investimentos que fizeram 18 mil vítimas. Todas elas ainda aguardam ressarcimento pelos golpes de Stanford.

Não apenas seus clientes foram prejudicados financeiramente, mas também a população de Antígua, já que a nação dependia fortemente da influência, dos investimentos e do emprego de Stanford.

Em 2012, Stanford foi considerado culpado pelos crimes de fraude financeira, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e estelionato.

Condenado a 110 anos de prisão, hoje ele cumpre a pena em um centro de segurança máxima nos EUA.

Elizabeth Holmes

Elizabeth Holmes surgiu como uma das grandes promessas do Vale do Silício, mas acabou entrando para a história como a mente por trás de uma das maiores farsas do mercado de tecnologia dos EUA.

Sua startup, a Theranos, prometia revolucionar os exames de diagnóstico e ganhou muita atenção no começo dos anos 2010.

A proposta era de simplificar o processo de coleta e realização de exames de sangue.

Com apenas algumas gotas de sangue a empresa afirmava ser capaz de realizar centenas de testes.

Para isso, ela teria desenvolvido uma máquina de diagnósticos própria chamada Edison.

A Theranos recebeu ao longo dos anos cerca de US$ 800 milhões de fundos de investimentos para bancar o projeto principal e chegou a ser avaliada em US$ 9 bilhões em 2014. 

Por deter 50% das ações da empresa, Elizabeth Holmes se tornou uma jovem bilionária, capa da Forbes com uma fortuna de US$ 4,5 bilhões.

O declínio da Theranos começou em 2015, conforme as agências reguladoras pediam mais dados sobre a Edison e a qualidade dos exames realizados. A Theranos só ia se enrolando cada vez mais. 

A agência norte-americana de saúde e serviços médicos (CMS) sequer conseguiu inspecionar a tal máquina, o que levantou várias suspeitas. 

A bomba estourou mesmo quando um ex-funcionário revelou que a startup era incapaz de realizar testes precisos com equipamentos próprios.

Além disso, a Edison precisava de pelo menos três frascos de sangue para realizar os exames e não de apenas algumas gotas e só conseguia realizar cerca de 15 exames, não mais de 200, como prometido pela Theranos. 

A companhia de Holmes não só estava entregando exames realizados por equipamentos não-homologados, como também fazendo uso de tecnologia dos concorrentes, violando as leis federais para exames laboratoriais.

Quando descobriram que boa parte das promessas da startup eram falsas, o mercado não perdoou. 

Como as ações de Holmes não eram preferenciais, sua fortuna foi de bilhões para zero de um dia para o outro.

Holmes foi banida do setor da saúde por dois anos e indiciada por fraude a investidores, médicos e pacientes em 2018. Seu julgamento ainda está em andamento.

Sean Quinn

Em 2008, Sean Quinn era o homem mais rico da Irlanda, com uma fortuna pessoal de £ 3 bilhões.

O bilionário havia transformado a pequena pedreira familiar no Grupo Quinn, um conglomerado com participação em vários setores e empregando mais de 8.000 pessoas.

Mas então a economia irlandesa entrou em colapso e em 2011 ele perdeu o controle de seu império empresarial depois de fazer um investimento desastroso no Anglo Irish Bank.

Durante os anos de expansão, Seán Quinn construiu uma participação de 25% no antigo Irish Bank Resolution Corporation, novo Anglo Irish Bank.

Porém, a maneira como ele fez para aumentar sua parte acabou por deixá-lo com uma dívida enorme. 

Em vez de comprar ações, Quinn escolheu um instrumento financeiro conhecido como contratos por diferença (CFDs), onde essencialmente apostava no preço das ações usando muito menos dinheiro do que se tivesse comprado ações da maneira tradicional. 

Se o preço das ações subisse, ele poderia ganhar muito dinheiro, mas se caísse ele teria muito a perder.

O banco, juntamente com todas as instituições financeiras da Irlanda, viram o preço de suas ações despencar na segunda metade de 2008.

Quinn decidiu aumentar sua posição e tirou centenas de milhões de euros de sua seguradora para cobrir os custos. Porém, a recuperação do preço das ações nunca veio.

Em janeiro de 2009, o banco foi nacionalizado deixando Quinn devendo mais de 2 bilhões de euros à instituição.

Em dezembro de 2011, Sean Quinn declarou-se falido. 

Patricia Kluge

Patricia Kluge, ex-modelo americana, casou com o bilionário John W. Kluge em 1981, quando ele era o homem mais rico dos Estados Unidos.

Após nove anos de matrimônio, os dois se separaram e Patricia conseguiu uma pensão de US$ 1 milhão por ano, além de uma enorme propriedade em Albemarle, Carolina do Norte. 

A quantia que conseguiu do acordo do divórcio, ela investiu em seu negócio próprio e decidiu transformar a propriedade em uma vinícola, fundando a Kluge Estate Winery com seu terceiro marido, William “Bill” Moses. 

A Kluge Estate Winery rapidamente ganhou aclamação da crítica por seus vinhos espumantes e misturas de vinho tinto.

Kluge então decidiu expandir agressivamente. 

Segundo registros públicos, ela pegou US$ 65 milhões em empréstimos para expandir a produção de vinho.

Além de construir uma subdivisão chamada Vineyard Estates, que incluiria 24 casas multimilionárias com piscinas, cozinhas externas, quadras de tênis, trilhas para cavalos e espaço para vinhedos particulares.

Em 2008, quando a crise imobiliária atingiu o mercado americano, os valores das propriedades despencaram.

Em 2009, Kluge se viu obrigada a colocar a Albemarle à venda.

Inicialmente a propriedade foi listada por US$ 100 milhões. Sem nenhum comprador, o valor foi reduzido para US$ 48 milhões no início de 2010.

Kluge parou de fazer pagamentos no ano passado e deixou de pagar quase US$ 24 milhões em empréstimos do Bank of America. No ano seguinte, a propriedade foi tomada pelo banco.

A socialite ainda tentou arrecadar fundos leiloando todas as suas joias e peças de arte, mas foi em vão.

Patricia Kluge declarou falência em junho de 2011.

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Vijay Mallya

Presidente do conselho de administração da United Beverages Group e fundador da companhia aérea Kingfisher Airlines, o bilionário indiano Vijay Mallya era conhecido pelas suas extravagantes festas e pelo seu estilo de vida de alto luxo. 

Porém, no começo de 2012 descobriu-se que ele acumulou inúmeras dívidas com bancos para manter sua companhia funcionando.

Após atrasos nos pagamentos, Mallya fugiu para o Reino Unido.

O governo da Índia e os bancos ainda tentam sua extradição para que ele possa ser julgado no país de origem.

Na Índia, o bilionário responde por lavagem de dinheiro e fraude bancária, as multas ultrapassam os 90 bilhões de Rupias (cerca de US$ 1,3 bilhão).

Bernard “Bernie” Madoff

Autor da maior fraude financeira da história, Bernie Madoff comandou por décadas um esquema Ponzi em sua empresa de investimentos.

Ele atraiu investidores com promessas de grandes retornos em fundos fantasmas, na qual usava investimentos de novos clientes para pagar o suposto "retorno" aos velhos.

Antes do escândalo vir à tona, ele possuía uma fortuna de aproximadamente US$ 1,6 bilhões.

O esquema começou a ruir quando, no meio da crise financeira de 2008, diversos investidores solicitaram a retirada de seus fundos. 

Dos cerca de US$ 7 bilhões solicitados, Bernie tinha apenas U$ 700 milhões para devolver. 

Em 2009, a Justiça dos Estados Unidos acusou Bernie por fraude, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e estelionato.

O ex-bilionário foi condenado e recebeu uma pena de 150 anos em uma prisão federal. Ele morreu na prisão em abril de 2021 por causas naturais.

Björgólfur Gudmundsson

O ex- bilionário islandês Bjorgolfur Gudmundsson viveu alguns altos e baixos durante sua carreira.

Na década de 80, sua empresa Hafskip faliu e após uma investigação federal, foi processado por irregularidades contábeis, recebendo uma pena de doze meses de prisão.

Foi para a Rússia onde abriu com seu filho uma empresa de refrigerantes que depois transformou em uma cervejaria, a qual venderam para a Heineken.

Com a venda, Gudmundsson reconstruiu sua fortuna e voltou para a Islândia, onde investiu no segundo maior banco do país, o Landsbanki, tornando-se presidente em 2003. 

Ele também comprou o time de futebol inglês West Ham United. 

As coisas pareciam estar melhorando. Em meados de outubro de 2008, Björgólfur Gudmundsson, era o segundo homem mais rico da Islândia.

Porém, passadas algumas semanas, a Grande Recessão atingiu o setor bancário da Islândia.

Sua fortuna foi de US$ 1,2 bilhões para 0 em pouco menos de um mês. Em 2009, Björgólfur Gudmundsson declarou falência.

Eike Batista

Eike Batista já foi o homem mais rico do Brasil e o 8º mais rico do mundo. Em 2012 sua fortuna era estimada em US$ 30 bilhões.

O ex-bilionário fez fortuna na exploração de mineração, petróleo, gás, logística, energia, indústria naval e carvão mineral. Estava criado o Grupo EBX.

O IPO de sua empresa de extração de petróleo e gás, a OGX, foi um dos maiores da história da bolsa brasileira.

Porém, pouco tempo depois, a empresa não conseguia entregar os resultados prometidos aos investidores e as ações da OGX despencaram, levando também as outras empresas do grupo.

Com dívidas avaliadas em mais de R$ 16 bilhões, a OGX chegou a entrar com um pedido de recuperação judicial, mas declarou falência em 2013.

Esse era apenas um dos problemas do empresário. Sua queda foi tão impressionante quanto sua ascensão.

Em 2015, a Justiça determinou o bloqueio e apreensão de bens do empresário, para garantir a indenização dos investidores da OGX.

No mesmo ano, foi chamado para depor na CPI do BNDES para prestar esclarecimento sobre os R$ 10 bilhões em financiamentos obtidos junto ao banco federal de desenvolvimento pelo Grupo EBX.

Em 2017 acabou envolvido na Operação Lava Jato e foi condenado a 30 anos de prisão por pagar propina a políticos.

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Jocelyn Wildenstein

A ex-bilionária conhecida como 'Mulher-Gato' por causa de sua aparência após inúmeras cirurgias plásticas, declarou falência em 2018.

Na época, a socialite disse à Justiça que vivia com apenas US$ 900 por mês da previdência social.

Foi uma queda e tanto para Jocelyn Wildenstein, que ficou conhecida ao se divorciar do vendedor de arte Alec Wildenstein, em 1999, e levar US$ 2,5 bilhões no acordo.

Wildenstein sempre teve um estilo de vida extravagante, suas despesas mensais estavam em cerca de US$ 1 milhão naquela época.

Além das compras, outro grande corroedor de sua fortuna foi o hábito cada vez mais caro de cirurgia plástica.

Porém, ela alega que seus problemas financeiros não são resultado da má administração do dinheiro, mas sim, de uma das pinturas mais valiosas em sua coleção, supostamente feita por Diego Velázquez se revelou uma falsificação e foi vendida por uma pequena fração do valor original.

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