Brasileiro prioriza despesas domésticas básicas, e contribuição para previdência privada fica em segundo plano, aponta estudo.
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Com a crise causada pela pandemia de Coronavírus, muitos brasileiros sofreram alguma perda em sua renda e estão precisando escolher quais contas terão prioridade.
Segundo estudo realizado pela Boa Vista, a contribuição para previdência privada está bem longe do topo da lista, o que pode ser um sinal de alerta para todos que investem em fundos de previdência.
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Contas de luz e água e seguro do carro têm mais prioridade do que plano de previdência
Na primeira parte da entrevista, os participantes foram questionados sobre o tipo de conta que seria prioridade; na segunda, eram indicadas as contas, dentro dessa categoria, que seriam pagas primeiro.
Em relação à categoria de contas, 43% dos participantes disseram que a prioridade são as despesas domésticas mais básicas, dentre as quais as mais citadas foram conta de luz e água.
Enquanto isso, apenas 30% apontaram como prioridade a categoria das contas por boleto – na qual estavam aluguel, condomínio, plano de saúde, seguro do carro, educação, impostos e plano de previdência privada.
Mesmo dentro da própria categoria, o plano de previdência esteve longe de ser o mais citado, lembrado apenas por 7% dos entrevistados.
Outras categorias com ainda menos prioridade nas respostas foram o pagamento de faturas de cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e crediários.
O estudo falou com 450 consumidores de todas as regiões do país, entre 9 e 15 de abril.
Suspender contribuição temporariamente é melhor alternativa
Os fundos de previdência estão sentindo o impacto da baixa prioridade da contribuição para previdência privada. Dados apontam que, em março, esses fundos perderam mais de 2% no patrimônio e tiveram captação negativa de R$ 3 bilhões.
De acordo com Ana Paula Oriola de Raeffray, ocorre uma fuga do capital, pois boa parte dos investidores são pessoal que precisam de dinheiro agora. Porém, isso contraria o propósito da previdência privada, que é um investimento para o futuro.
Segundo Renato Follador, consultor, é normal haver crises no longo período até que o benefício da previdência privada possa ser resgatado. O investidor não pode se assustar com um ano ruim.
Uma alternativa melhor do que abandonar o pagamento ou resgatar o valor que já foi investido é solicitar a suspensão da contribuição. A maioria dos regulamentos permite que o participante passe até 90 dias sem contribuir.