GLOSSARIO
Mão Invisível
O que é Mão Invisível. Entenda melhor o conceito de Mão Invisível e descubra sua importância!
O que é Mão Invisível
Mão Invisível é um conceito econômico desenvolvido por Adam Smith, que pressupõe que o mercado é capaz de se autorregular de forma automática, sem quaisquer intervenções externas ou estatais. Isso deu origem ao termo “mão invisível do mercado”.
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Para Smith, uma economia seria capaz de regular seus preços automaticamente e de modo livre, através da oferta dos produtos e da demanda dos consumidores.
Assim, os preços dos produtos se dariam de acordo com o mercado em que se inserem, variando de acordo com a necessidade que cada um apresenta e a quantidade disponível.
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Mão Invisível e Adam Smith
Conforme dito, foi Adam Smith, um filósofo e economista britânico nascido em 1723, que deu origem ao conceito de Mão Invisível.
Considerado por muitos como o pai da economia moderna, foi em seu livro “A Riqueza das Nações” que Smith apresentou o conceito de mão invisível ao público.
Em seus estudos, o autor se dedicou a investigar o fato causador da formação de grandes nações. Em suma, ele chegou a conclusão de que o que permitia as nações enriquecerem era a divisão do trabalho.
Para ele, a especialização em determinada área do conhecimento permitiu uma expansão da produção e, consequentemente, da riqueza das nações.
O autor é considerado por muitos como o pai da economia moderna. Sua teoria, aliada à Mão Invisível, fundamentam os ideais teóricos do liberalismo econômico.
Mão Invisível e o mercado
A base da teoria econômica que fundamenta o conceito de uma Mão Invisível afirma que o funcionamento do mercado em seu estado livre, sem quaisquer intervenções, geraria uma auto regulação espontânea.
Isto é, quando o mercado apresenta escassez de determinado produto e uma demanda alta pelo mesmo, o preço tende a aumentar, já que as pessoas continuam querendo consumi-lo.
Do contrário, com produtos em excesso na economia e uma falta de demanda pelos mesmos, a tendência é de que os preços sejam reduzidos, para que os consumidores interessados possam adquiri-lo da empresa em questão, e não da concorrência.
Desta maneira, o preço dos produtos irá sempre se regularizar conforme a oferta e a demanda, e, portanto, a economia deve possuir independência para atuar livremente.
A mão invisível do mercado seria, portanto, o mecanismo básico responsável por fornecer a existência do livre mercado, onde não haveria intervenção do Estado na economia.
Este ideal é fortemente defendido pela teoria liberal.
Mão Invisível e o Estado
Para Smith, a economia deveria ser livre, pois é capaz de se regular de forma independente e automática, sem a necessidade de intervenção de órgãos externos ou do governo.
Desse modo, ele defendia que o Estado deveria ter o mínimo possível de intervencionismo, a fim de permitir que a Mão Invisível do mercado pudesse operar para ditar os preços de acordo com a oferta e demanda.
Essa intervenção do Estado se constata em diversas situações, como a cobrança de impostos (vide o Imposto de Renda), a realização de subsídios e a atuação em momentos de variação do valor da moeda.
Intervenções estatais conhecidas atualmente são as ações tomadas para estabilizar o preço do dólar, por parte do Banco Central, e a taxação de produtos domésticos.
Os únicos casos em que o Estado deveria intervir, segundo Smith, seriam três:
- Na defesa nacional, dispondo de exércitos para o país ou para a nação;
- Em obras públicas (voltadas para instituições que não apresentassem interesse privado);
- Na justiça, estabelecendo leis e garantindo sua manutenção.
É importante ressaltar que, apesar disso, atualmente constata-se uma forte e necessária influência do Estado na economia. Isso porque ele é responsável por atuar como regulador do mercado, e possui um papel essencial em momentos de vulnerabilidade da economia. Um exemplo é a atuação do Governo Federal frente a pandemia da Covid-19.